Eventos 10.06.2020

Produtividade e disciplina financeira são diferenciais para o setor sucroenergético no pós-Covid, afirma CEO da BP Bunge Bioenergia

Uso de tecnologias é fator essencial para evolução do setor

por BP Bunge

As empresas do setor sucroenergético que investem mais em produtividade e em disciplina financeira têm passado e irão passar pela crise provocada pela pandemia do Covid-19 de maneira mais tranquila. Esta é a conclusão de Geovane Dilkin Consul, CEO da BP Bunge Bionergia, que participou nesta quarta-feira, 10 de junho, da webinar “Perspectivas e Tendências do Setor no Pós-Covid”, promovida pela ProCana Brasil.

Para Geovane Consul, o sucesso do agronegócio brasileiro veio pela busca sistemática e ininterrupta pela produtividade. Nesse sentido, ele lembra os investimentos do setor de sucroenergético em tecnologias e em mecanização da colheita, a partir de 2008 e 2009.

O executivo explica que, apesar de a cultura da cana-de-açúcar ser uma das mais intensivas em aporte de capitais entre as desenvolvidas no País, o produtor brasileiro tem tido sucesso em conseguir preços competitivos. Por exemplo, lembra que o Brasil é líder mundial em custos produtivos mais baixos para o etanol.

Geovane Consul destaca que o uso de tecnologias e a atenção à qualificação da base produtiva são essenciais para a obtenção desses bons resultados. “Temos que ter um canavial longevo e produtivo”, avalia.

Aliado a isso, o CEO recomenda muita disciplina financeira às empresas. “A gente vai ter que trabalhar em produtividade, em eficiência operacional para poder nos blindar”, pondera Geovane Consul, diante da escassez de crédito no atual mercado.

Ele recomenda também cuidado ao setor na negociação do açúcar produzido em grande quantidade este ano em razão da queda no consumo do etanol e da consequente elevação do mix na produção do adoçante pelas usinas. “É preciso muita disciplina nas vendas para não destruirmos o próprio mercado. Se lançarmos agora todo o açúcar que vamos produzir em 2020, nós vamos perder”, afirma.

“Nosso setor tem um futuro muito promissor, tanto por ter produtos que serão muito demandados, como os combustíveis renováveis, mas também pelo próprio açúcar, não só como alimento, mas também como uma molécula importante para outras finalidades”, conclui o executivo.

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